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Foto do escritorMarco Seferin

Apresentação de método menos invasivo para Câncer de Boca no Congresso Mundial

Com um método que mantém a segurança, mas diminui os riscos cirúrgicos do tratamento do câncer de boca, o professor do curso de Medicina da Univates Marco Seferin foi homenageado no 6º Congresso Mundial de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. O evento ocorreu no início de setembro em Buenos Aires, na Argentina, e reuniu cerca de dois mil pesquisadores de diferentes países.


Seferin, que também é coordenador do serviço de cirurgia do curso de Medicina, explica que o câncer de boca muitas vezes afeta também os linfonodos, conhecidos popularmente como “ínguas”, o que requer cirurgia no pescoço.


O procedimento padrão para retirada das “ínguas” é rotina no tratamento do câncer de boca, porém muitas vezes essas “ínguas” não estão comprometidas e não precisariam ser retiradas, evitando uma cirurgia com risco elevado de lesões em nervos que movimentam a face e o ombro dos pacientes.


O método sugerido já é aplicado em outros tipos de câncer, como o de mama. No câncer de boca, somente uma das ínguas do pescoço é retirada e analisada. Caso ela não esteja doente, a cirurgia padrão torna-se desnecessária. “De forma geral, conseguimos ter a mesma taxa de cura dos pacientes, com menos danos físicos. Atualmente estamos tentando manter a mesma segurança com procedimentos cirúrgicos menores, que acarretem menos riscos”, explica Seferin.


O Congresso contou com cerca de 20 homenageados, sendo Seferin o único brasileiro. “Apresentar o trabalho internacionalmente faz com que consigamos atingir mais pessoas. Com isso podemos ampliar o alcance desse tipo de tratamento e diminuir a morbidade dos pacientes”, afirma o pesquisador.


O trabalho, intitulado “O impacto do método do linfonodo sentinela na qualidade de vida de pacientes com carcinoma epidermoide de cavidade oral” (original: The Impact of Sentinel Lymph Node Method in the Quality of life of patients with Oral Cavity Epidermoid Carcinoma), integrou sua tese de doutorado realizada na Universidade de São Paulo (USP). A pesquisa contou com a orientação de pesquisadores da Universidade de São Paulo, Dr. Cláudio Cernea, Dr. Leandro Mattos e Dr. Fábio Pinto. Atualmente, segundo o professor, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) instituiu o método como rotina no serviço.

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