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O que é a classificação de Bethesda dos nódulos da tireoide? O que fazer após?


O que é a classificação de Bethesda dos Nódulos da tireoide. O que representa e o que fazer a partir dela?

A classificação de Bethesda é a classificação feita para o diagnóstico dos nódulos de tireoide após submetidos a punção ou biópsia.

Após essa punção do nódulo, ele é classificado em 6 categorias diagnósticas.

Bethesda I: Não diagnóstico. São os nódulos onde não foi possível fazer um diagnóstico por não haver células suficientes desse nódulo na punção que permitissem fazer a análise. Seja porque a punção retirou apenas fluido de um cisto ou porque veio muito sangue durante o procedimento e poucas células do nódulo puderam realmente ser avaliadas. Nesses casos, a punção deve ser repetida. Se, pela segunda vez, aparecer essa categoria não diagnóstica, aí esse paciente poderá ser simplesmente acompanhado ou submetido a cirurgia para um diagnóstico preciso dependendo das características desse nódulo.

Bethesda II: benigno. Esses são os nódulos considerados benignos. É o grande alívio dos pacientes. O risco de malignidade nesses nódulos é menor que 3% e esses pacientes podem ser simplesmente acompanhados com ecografia de controle após 1 ano ou 1 ano e meio.

Bethesda III: Atipia de significado indeterminado ou lesão folicular de significado indeterminado. Essa categoria é chamada de indeterminada, onde as células desse nódulo apresentam características parecidas com um nódulo benigno, mas não completamente. O risco de malignidade nesses casos é de 5-15%. Esses nódulos podem também ser acompanhados, como os nódulos benignos ou podem ser submetidos a testes moleculares que podem dizer mais precisamente o risco de malignidade desse nódulo.

Bethesda IV: Neoplasia folicular ou suspeito para neoplasia folicular. Neoplasia não quer dizer câncer. Existem neoplasias benignas e malignas. Essa categoria também é considerada indeterminada como o Bethesda III, só que apresenta um risco maior de malignidade, em torno de 15-30% dos casos. Os testes moleculares também podem ser úteis, mas a cirurgia com retirada da glândula tireoide está indicada para um diagnóstico definitivo. Nesses casos, pode ser retirado apenas um dos lados da glândula, se o outro lado estiver normal.

Bethesda V: suspeito de malignidade. Esses nódulos apresentam características preocupantes, mas não completamente diagnósticas de câncer. Eles têm um risco de malignidade de 60-75% e tipicamente são submetidos à cirurgia da glândula tireoide.

Bethesda VI: maligno. Esses nódulos têm uma chance de 97-99% de realmente serem malignos. Obviamente a cirurgia de tireoide, chamada tireoidectomia, tem sua indicação nesses casos.

Mas apesar de todas essas classificações da biópsia, somente a cirurgia e posterior análise desse nódulo permite um diagnóstico exato. Por isso a avaliação de um médico especialista que vai levar em consideração não só a biópsia, mas as características ecográficas do nódulo e as características do próprio paciente é imprescindível.


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