CIRURGIA DE GLÂNDULA TIREOIDE
CONTATO
(51) 3011-0909
PRÉ OPERATÓRIO:
Na maioria dos casos, somente uma ecografia da região cervical é necessária. Essa ecografia pode ser acompanhada de uma punção para análise das células (PAAF). A tomografia com contraste é indicada somente quando se suspeita de lesões maiores ou invasivas ao exame físico e pode auxiliar no diagnóstico de linfonodos (“ínguas”) na transição da região cervical com a região torácica. A cirurgia é realizada sob anestesia geral, necessitando, portanto, exames específicos para análise do risco anestésico de cada paciente.
TRANSOPERATÓRIO:
Além dos riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico, a cirurgia da Tireoide tem seus riscos específicos.
A Glândula Tireoide é um órgão extremamente vascularizado, podendo ocorrer sangramentos no período pós-operatório imediato (primeiras 12-24 horas). Durante o procedimento cirúrgico, esse sangramento é irrisório se a cirurgia é realizada por um cirurgião especialista. O sangramento pós-operatório acontece em 1-2% dos casos, e normalmente exige reintervenção cirúrgica.
A glândula Tireoide tem uma relação anatômica posterior com os nervo laríngeo inferior e as glândulas Paratireoides. O nervo laríngeo inferior é o principal responsável pela movimentação dos músculos das cordas vocais e pode ser danificado durante essa cirurgia. Didaticamente, esse risco gira em torno de 2-3% dos casos, mas pode ser muito menor com a capacitação do cirurgião. O paciente afetado pode ficar com uma voz rouca temporária ou definitivamente.
As glândulas paratireoides ficam localizadas na face posterior da glândula tireoide, usualmente duas de cada lado. Medem aproximadamente 0,5cm e são responsáveis pela produção de um hormônio, chamado Paratormônio, o qual participa da regulação do Cálcio no sistema sanguíneo. O Cálcio é fundamental para as contrações musculares. O procedimento cirúrgico pode levar as glândulas a um funcionamento inadequado, diminuindo o Cálcio sanguíneo (hipocalcemia), fazendo-se necessário o uso de medicações no período pós-operatório. Esse quadro acontece de forma variada na literatura, chegando até a 40% dos casos. Felizmente, na maioria dos pacientes, essa condição é transitória, com as glândulas retornando ao seu funcionamento ideal em torno de seis meses. A correção desta condição exige a reposição do cálcio pelo paciente pela forma de comprimidos tomados diariamente.
PÓS OPERATÓRIO:
O período pós-operatório da Cirurgia de Tireoide é bem aceito pelos pacientes. Pouca dor é esperada. A cirurgia é considerada mais delicada do que propriamente extensa. O Período de internação gira em torno de 24 horas. Atualmente, o uso de dreno após a cirurgia vem diminuindo substancialmente, mas ainda é necessário para glândulas de grande volume. A infecção da ferida operatória e o acúmulo de secreção chamado seroma não são comuns, mas podem ocorrer. É vedado ao paciente realizar exercícios físicos vigorosos pelo período de 10-14 dias. Após isso, o paciente pode retornar as suas atividades normais.
A cicatriz cirúrgica é dependente de uma série de fatores, porém é bem mais tênue do que no passado, pela diminuição do tamanho da incisão pelos cirurgiões de cabeça e pescoço. Em média é uma incisão de 4-5 cm em forma de colar na região central e inferior do pescoço. Obviamente, para glândulas maiores, a incisão tem seu tamanho aumentado. Fatores de cicatrização do paciente podem colaborar ou não com o resultado estético, tornando algumas vezes a cicatriz quase imperceptível.
Cresci em uma familia simples no interior de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Quando criança, brincava com os “comandos em ação”, onde o médico era o herói de todas aventuras. O fato de ele poder salvar os outros fazia ele o “cara” pra mim.
Quando adolescente, tive contato com um grande cirurgião, pai do meu melhor amigo. Ver ele curar as pessoas com as próprias mãos me encantava e por isso já sabia que faria cirurgia antes de entrar na faculdade na UFCSPA.
As coisas nunca foram fáceis . A medicina, naquela época, para uma família simples do interior, era um sonho inatingível. Demorei 3 anos para passar no vestibular. Durante a faculdade, as dificuldades eram várias. Demorava 2 horas entre ônibus, trem e caminhada para chegar na faculdade e no hospital.
Mas esse período, apesar de difícil, moldou minha personalidade. Sempre me relacionei com as pessoas de todas as classes sociais. Dependia do motorista do ônibus, do vendedor de guarda chuvas da rua de Porto Alegre nos dias de chuva e de inúmeras outras pessoas que me ajudavam sem benefício próprio. Hoje sei o quanto minha criação e minha história de vida foram importantes para minha profissão.
Vi meus pais gastarem o dinheiro que tinham com meus estudos. E por isso, nunca parei de estudar.
Faculdade Federal, residência em cirurgia geral, residência em cirurgia de cabeça e pescoço, certificação internacional, fellow em Nova Iorque e doutorado na USP. Apesar de todos títulos, hoje, atuando como cirurgião de cabeça e pescoço com mais de quinze anos de formado, vejo que o mais importante nesse percurso foi a minha convivência com as pessoas.
Medicina é cuidado com as pessoas. Nada além disso.
Formação:
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Graduação em Medicina na Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre
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Residencia em Cirurgia de Cabeça e Pescoço na Santa Casa de Porto Alegre.
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Fellow no Sloan Kettering Memorial Hospital de New York - USA
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Doutorado em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo (USP)
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Professor de medicina da Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES)
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Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço
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Credenciado pela International Federation of Head and Neck Socities (IFHNOS)
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Mebro do Corpo Clínico do Hospital Mãe de Deus POA
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Mebro do Corpo Clínico do Hospital Bruno Born Lajeado
TIPOS DE CIRURGIAS
Cirurgia da
Tireoide
Ablação por
Radiofrequência
Câncer de Boca,
Laringe e Faringe
Microcirurgia
da Voz
Câncer de Pele e
Reconstrução Facial
Glândulas
Salivares